sábado, 3 de outubro de 2009

É ouvi-los...

O que sempre propusemos foi o experimentalismo
Nuno Rodrigues
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Ora aqui está uma das bandas mais apetecíveis e apetecidas da música portuguesa.

© António Luís Cardoso


Em boa verdade, se existisse hoje, seria considerada, como é moda dizer-se, um projecto. Isto porque, a Banda do Casaco não foi propriamente uma... banda. Ou antes, o protótipo de uma banda comum.
O que é comum, é dizer-se que se juntavam para fazer discos e a verdade não fica longe. Deram pouquíssimos concertos em pouco mais de uma década de discos: "É que ao todo, em dez anos, fizemos um espectáculo no Cine Teatro Encarnação, em Cacia, Viseu, Mafra e fechámos um espectáculo da Aula Magna onde também participaram os Trovante e a Brigada Vitor Jara" (Nuno Rodrigues à "Música & Som", nº 92, Junho de 1984)..
Mas, por outro lado, os dez anos de edições (1975/1984) consubstanciaram-se em muita música: sete álbuns de originais!


[ver mais no aqui no museu ]

7 comentários:

rc disse...

Parabens pelo trabalho executado no site. No site ou no blog poderia ser dado destaque à presença da música portuguesa na rádio (programas de rui pego, tnt, rock em stock, etc), nos jornais (recortes de tops dos programas de rádio, entrevistas a Rui Pego) e depois na tv. Discordo do destaque dado ao disco dos Green Windows visto ser uma compilação de temas de música mais ligeira e de anos anteriores. Trocava esse disco pelo dos Corpo Diplomático que aparece apenas no rodapé. No glossário falta "mini-lp" e poderia acrescentado de alguns termos que o Manuel Faria incluiu no livro dos Trovante. E o boom não foi só Rock! Os singles são importantes porque muitos não eram incluidos nos discos (o exemplo mais importante é o "Cavalos de Corrida") mas muitos não passaram de one hit-wonders. Por outro lado também seria interessante analisar os best-sellers que houve, a enormidade de lançamentos em que tudo era rock (até as bandas de baile) e por outro verificar a existência de nomes que não tiveram qualquer impacto e que estão agora a ser reavaliados. Só mais uma nota: É engraçado que actualmente o Rui Veloso já mudou de opinião em relação ao cantar em inglês/português.

Mais uma vez parabéns pelo trabalho. Faltarão aí alguns sites e blogs (por exemplo o http://underrrreview.blogspot.com) mas também é o início do trabalho.

rc disse...

depois de mais uma volta pelo site:

O primeiro disco dos Jafumega aparece em 1979 mas o site da CD-go apresenta a data de 1981. Provavelmente uns meses antes do single "Ribeira".

http://www.cdgo.com/artigoDetalhe.php?idArtigo=3773014

Interface: lembro-me de ter lido no blog da Lena d'Água alguém a perguntar pelo vocalista português (mas ela não sabia) porque num dos jornais Blitz tinha em rodapé a informação de que os Interface eram um projecto do produtor Robin Cabley com um cantor português.

bissaide disse...

Já agora, uma achega: o "Come Hear the Band" é, pelo menos, o segundo máxi português. No mesmo ano, saiu antes o "What the World Needs Now", de José Calvário.

E de novo: não é exagero, são parabéns merecidos. Concordo, no entanto, com várias das coisas que diz o escriba acima (importância dos singles, por exemplo), mas isso só confirma o valor do seu trabalho - quando algo é fraco, nem há por onde pegar ou criticar, e aqui passa-se exactamente o oposto.

rc disse...

ponto VII

A Né Ladeiras não gostou muito da experiência "Sonho Azul" já que ficou diferente do que ela pretendia para esse disco - ver http://neladeiras.blogspot.com

não sei se deva ser referido a presença do Pedro Ayres Magalhães no "Alhur"

Tanto nesse ponto 7 como neste texto aparece sempre Gabriela Schaff quando tenho quase a certeza absoluta que é Schaaf

bissaide disse...

É de facto Gabriela Schaaf, como aliás vem nos discos.

Pedro Ayres Magalhães participa no máxi "Alhur", tal como os restantes Heróis do Mar (com excepção de Rui Pregal da Cunha).

António Luís Cardoso disse...

Boas, RC e Bissaide:

obrigado pela vossa participação.

Vamos por partes:

quanto ao erro da Gabriela (sendo, sim, certo o Schaaf), vou corrigi-lo, obrigado.

As outras questões têm sobretudo a ver com a génese do site. Vamos por partes:

1. Começou, como já disse a uns amigos, por um "inventário" dos meus discos. Portanto, todos os discos colocados na parte de exposição permanente (os anos 1979 a 1985, 45 rotações e outros anos), eu tenho. Excepção feita aos que surgem embaixo, no tal rodapé. Quem me dera a mim ter o "Música Moderna", dos Corpo Diplomático... mas mesmo destes, vão aparecer as fichas. É uma questão de tempo.

2. É certo que a música portuguesa em geral acompanhou o "boom", mas aí discordo de si (rc): o fenómeno deveu-se ao pop-rock. A outra música apanha (e bem) a boleia. Exemplo maior serão os Trovante (que também vão aparecer!). Mas vou pensar numa sala para esta vertente (UFA!, mais uma)...

3. O ponto anterior leva-nos a esta pergunta: o que é pop-rock? Aceito a questão dos Green Windows (embora os enquadre mais, com o Cid, claro, no pop do que na ligeira), mas tal leva-nos a ponderar tal questão de modo mais alargado. Há álbuns que pensei não incluir, pois apenas me parecem franjas do pop-rock (a citada Né Ladeiras, por exemplo, o Mário Mata, o Minneman, etc.). Mas por uma questão de enquadramento estão lá. Como o dos Green Windows (que lá está quase e tão só como uma ponte entre os 70 e 80...).

4. Os singles: tem toda a razão e eu digo isso no site. E nem é preciso o exemplo dos UHF (que lançaram vários álbuns nesse período); há bandas que nunca gravaram um 33 rotações. Agora, voltando ao ponto 1, são os singles que tenho e vou aprofundar todos com fichas, como nos LPs. Também aparecerão os que não tenho. Mais uma vez é uma questão de tempo...

5. Todas as outras questões são pertinentes quanto a introduzir dados (e, mais uma vez, com tempo) lá iremos.

6. O LP dos Jafumega, "Estamos aí", pelos vistos, é de 80 e não de 81. Mas estava enganado à mesma (e nem sei onde fui buscar tal data...); um ano e tal de trabalho (e de carolice) provoca desgaste...

7. rc, bissaide e todos os que queiram: o meu e-mail está no blog e no site. Qualquer informação (a questão dos links e do glossário são pertinentíssimas) e ou colaboração que queiram ter, digam-me, por favor. Estas correcções, já valem e muito!

UM GRANDE ABRAÇO.

António Luís

António Luís Cardoso disse...

rc,

correcções referentes ao "Estamos aí" e à Gabriela Schaaf feitas!

OBRIGADO, uma vez mais!

Um abraço.

ALC

Nota: o resto irá com calma... :)